É,
eu sei, esse ano não está sendo nada tranquilo. E, realmente, a vida não é
fácil. O que não podemos fazer é nos conformar e entrar numa histeria coletiva
de pensamentos ruins e energia negativa que normalmente (e compreensivelmente)
ocorre em anos assim.
Sabe
quando você compra um carro novo e, de uma hora pra outra, começa a reparar no
tanto de carros iguais aos seus existem no seu caminho? Quando estamos focados
em algo, aquilo passa a ser captado pelo nosso “radar” com muito mais
frequência. Àquilo que damos importância nas nossas vidas tende a tomar grande
parte da nossa atenção. Quando tomamos consciência disso conseguimos ter uma
nova perspectiva de como os fatos da vida se desenvolvem. Isso não quer dizer
que coisas ruins vão deixar de acontecer, mas que você vai sentir pesar e
apesar disso vai seguir em frente.
Que
para cada sensação de fim, comecemos algo novo. Que para cada palavra ruim, a
gente elogie verdadeiramente e sem motivo específico alguém que admiramos. Que
para cada atitude fundamentada na raiva a gente se perdoe por ter sido
impulsivo por amor ou bondade, sem se sentir idiota por isso. Que para cada sentimento
de perda, a gente cuide daquilo que é valioso pra gente. Que para cada situação
ruim que está fora de nosso controle, a gente mude àquilo que é ruim, mas que
podemos, de fato, mudar. Dois mil e dezenove está aí não para provar como a
vida é maldosa, mas para nos colocar em prova.
A
vida é surpreendente o suficiente para acontecer sem nosso controle, isso nos
coloca numa situação de impotência frente à ela e lamentamos nos perguntando a
razão. Assim sendo, por que aquilo que temos controle a gente negligencia? Nosso
bem estar, as pessoas importantes nas nossas vidas, nossa saúde. É fácil
lamentar àquilo que a gente não pode controlar, mas tem tantas outras coisas
que vamos deixando pra depois por escolha própria. O que é importante na sua
vida? O agora está a um passo de virar depois.