sábado, 4 de agosto de 2018

Para os dias cinza...




Hoje, enquanto estava acompanhando as notícias, a vida pareceu um pouquinho mais cinza sabe?

Daqueles dias que as notícias do mundo nos engolem e nosso coração pesa, como se tudo ao redor fosse mais pesado e escuro.
Comecei a desejar que alguém acendesse a luz do cômodo. Explico, sabe quando estamos há tanto tempo em um lugar que começa a ficar escuro e a gente se esquece de acender a luz até que alguém de fora chega e simplesmente aperta o interruptor e a visão ao redor melhora?

Quem acendeu a luz hoje foi uma menina e nem a conheço. Ela comentou sobre quão boa é a sensação de poder pagar a primeira pizza para a família, como nos sentimos úteis e importantes com “tão pouco”. As pessoas se identificaram contando sobre fazer compras pra casa, dar presente para os pais, pagar uma conta. Eu sorri porque lembrei dessa sensação em mim. Depois, ao rolar da timeline, surgiu um vídeo de um garotinho aprendendo a andar de muletas e contando muito animado pra sua cachorrinha Maggie que estava conseguindo andar sozinho “Estou andando Maggie, estou andando”. Meu coração se encheu de alegria por ele.

Isso me fez pensar nos pequenos milagres, em como a vida é feita de detalhes. Iremos brigar com quem a gente ama, iremos encontrar problemas no trabalho, iremos descobrir que estamos errados, iremos receber más noticias, iremos cansar da rotina. Mas também iremos ver garotinhos andando, iremos criar laços verdadeiros, iremos vencer obstáculos, iremos cansar, mas descansar.

Tudo é uma questão de perspectiva. Se não acendermos a luz, não conseguiremos enxergar os detalhes. Os pequenos milagres acontecem o tempo inteiro, independentemente de qual seja nosso estado de espírito. 


Às vezes, só cabe a nós levantar e acender a luz, é louco pensar que o interruptor está ao alcance, o nosso foco que está em outro lugar. Enquanto ninguém decidir ligar o interruptor, continuará escuro. Às vezes, nos esquecemos da luz, mas ela está lá. Que possamos sempre lembrar que o escuro pode até chegar a incomodar, mas não é permanente se não quisermos.

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